Já vou avisando... Não é um filme de entretenimento tranquilo. É um filme denso e indigesto que fala da vida de um homem através de flashes de memória. Conta os traumas que o sufocam (literalmente) e como ele lida com esses sentimentos que mesclam dor, solidão, raiva e medo. Joaquin Phoenix é um veterano de guerra que ganha a vida como matador de aluguel. Ele seria uma espécie de anti-herói que resgata mulheres em cativeiros. Não é um filme sangrento (...) Apesar de ter uma cena que dá para classificar como "UAU!". As passagens são elásticas e dramáticas com um senso poético indescritível , o silêncio e a sonoplastia "do caos" faz com que você adentre na alma do personagem e sinta seu desespero latente. Joaquim Phoenix encarna muito bem todo o tom de cinza que o personagem carrega em sí, também agrega uma certa empatia em seus gestos e olhar, é (definitivamente) um homem bom que não teve sorte. Os temas pesados de cunho social abordados neste filme são condensados dentro de uma trama que comove e machuca aos olhos mais sensíveis. Baseado no livro de Jonathan Ames e vencedor do prêmio de Melhor Ator e Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2017. Tem a assinatura de Direção sutil e inteligente de Lynne Ramsay. Eu gostei muito! (Recomendo...*)